quinta-feira, 10 de junho de 2010

A megalomaniaquice

Ao som de Amy Macdonald, The Youth of Today, eu reflito. Relito sozinha, sobre a minha própria reação, minha raiva de hoje. Conversei, sim. Obtive opiniões. Há quem diga isso, há quem diga aquilo. No final o que basta é que, influenciada pelo sono acumulado e o cansaço que me pesa, deixe-me levar. Toda a minha recente decisão de manter-me de fora por água abaixo. Sinto, não posso evitar o que sinto. E frustro-me, também. Frustro-me com as percepções. Frustro-me por não ser capaz de mudar aquilo que me incomoda. Só posso me mudar, impedir-me de me incomodar. E como não me incomodar quando percebo? Percebo o mundo e hoje ele não me agrada. Hoje ele me estressa, cutuca. Critico dentro de mim mesma e justamente por não ter quem me escute - dentre os que de fato precisam escutar -, minhas próprias palavras, que eu queria gritar para todo mundo ouvir, extravasar e espalhar, ficam sufocadas em mim. Porque ninguém ouvirá o que eu não digo. E mesmo que eu diga, eu sei, não serei ouvida. Como evito isso? Existe forma de evitar? Nada. Não existe. Posso agir somente sobre mim. Uma pena.

Talvez eu seja megalomaníaca.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright © O Indescritível | Theme by BloggerThemes & frostpress | Sponsored by BB Blogging